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Potranca


Essa mulher me enlouquece, me deixa tesado e ao mesmo tempo, ela me enternece e me faz enamorado. Que moça monumental, rosto lindo, corpo escultural, jeitinho maroto e sensual. Sinto, que ela sabe que bagunça com as minhas fantasias... Com o meu emocional.

Quando ela passa insinuante, provocante, repleta de doce graça, simulando não me ver, me enfeitiça ainda mais, me inebriando de prazer. Ela não anda, ela passeia, baila, parece até volitar. Ela caminhando é a coisa mais linda, que o olhar pode avistar.

Ao lhe espreitar, não há um só homem que se aquiete, que não se agite e excite. Nem uma só mulher, que não a inveje e a imite... Um dia, vou ter essa moça para mim, vou endeusá-la, em um altar colocá-la, transbordá-la de emoção, transformá-la no meu amor e no meu parquinho de diversão.


Antônio Poeta
Rogo

Tenho-te n'alma e pelo contrário, isso não me acalma, e mais, me insufla ao agito de me lapidar como espírito, a fim de te merecer e esse amor pleno viver, em paz e sem conflito. Minha majestosa amada, deténs a meiguice e a sutileza, a voluptuosidade e a beleza, tu és tudo o que eu sonhei...  És tudo o que eu sempre quis, vejo-te como a vontade de Deus em me fazer feliz.

Endeuso-te, te contemplo, me transmudo em ti. É tudo tão ímpar, tão sublime, que até me vejo; me sinto, impotente em zelar por tudo sozinho, assim, rogo eu ao transcendente, que não nos deixe sem guarida, que nos enlace bem firmes, e sobretudo, acautele a gente, afinal, o que não podemos consentir, é virmos a nos perder minha querida!

Antônio Poeta
Amar pleno

Amar não é apenas desfrutar, é antes, se preocupar em cuidar do outro e dos que são importantes e de grande estima para o nosso par. Amar é ser duplo em tempo integral, é levar e elevar se doando em comunhão, é além de acasalar os nossos corpos, bem antes, casar a nossa emoção.

O egoísmo e o individualismo são contraditos ao bem querer; bem viver, do confluir em parceria, do fazer o outro feliz e do feliz ser. Aqueles que não atentarem a esse adágio de real valor, extinguirão toda a relação, perecerão todo o seu amor.

Amar é não complicar, é não produzir ou permitir as vis dúvidas, o rivalizar, é emanar o amor, é avivar a relação, é volitar como se não tivéssemos pés, só asas... Levitados pela emoção!

Antônio Poeta
Quero-te

Quero esse teu corpo apetitoso e melindroso, esse teu jeito iluminado, essa tua forma tão ímpar de passear através da vida. Quero tua alegria, esperança e crença de que tudo um dia, naturalmente se transformará, desde que nós os humanos, não sustemos de nos amar.

Quero teu modo criança, repleto de estripulias, que me ergue da dor e tanto me agracia. Desejo ser corrompido por teus preceitos e hábitos, invadido pelo teu estilo de viver. Sentir-me adentrado pela veraz magnitude e todo magismo e meiguismo do teu proceder.

Dou-te a mão à palmatória, tu és erudita e notória, me ensina, me acode, me sacode... Preciso aprender: Resumindo tudo, tudo mesmo, o que eu mais ambiciono é me metamorfosear em paz e ser afável; amável assim... E assim para sempre viver!
Antônio Poeta
Sai tentação...

Óbvio que você me atrai, lógico que não lhe resisto, entretanto, cessa tudo aí, pois de fato não lhe respeito, não partilho de seus sonhos, não confluo com o seu eu, e até execro o seu proceder, por isso, renuncio a você.

Tenho a mais inteira convicção, que por muito tempo além, meu corpo clamará pelo seu... Paciência! Que meu espírito seja forte e não ceda à carne e que vença ele, esse pleito da emoção sobre o tesão. Que sigamos opostamente, que nos convençamos, ainda, e principalmente, que somos absurdamente diferentes.

Vivemos uma relação insana, durante o dia nos magoando e durante a noite, na cama, nos auto canibalizando e nos “reconciliando”... Mas aí, clareia novo dia e reinicia nossa agonia.  Estou indo, me ajuda, se ajuda, faça sua parte, não mais me procure, não mais se insinue, não faça nenhuma arte...

Do tipo, me tocar, senão eu fraquejo, cedo ao seu lampejo, lhe deito em qualquer lugar e volto como antes, ao nosso Inferno de Dantes, e me acavalo, e me regalo a te devorar!
Antônio Poeta
Somos viciados em nós

Não mais devíamos brigar, romper,  por sabermos o quanto somos fracos  e que não temos tolerância ao sofrer,  pois logo arregamos  e ao outro rogamos, para voltar a lhe ter.

É muito amor, muito libido, chego a delirar de emoção. Vejo-lhe, acordado ou dormindo, parado ou andando... Por vezes, até sinto o "Tonho" em sua mão.

Sempre que estamos por voltar um ou o outro ensaia uma pirraça, mas logo se rende e compreende,
que contra o coração não dá pra lutar, pois somos como o ébrio e a cachaça... Não é possível nos separar.

Já se tornou situação enfadonha esse nosso constante ir e vir, esse ensaio de apartados seguir... Sabe, meu tesouro tesuda, somos além de eternos amantes: “Um casal de sem vergonha”!
Antônio Poeta
É tempo do nosso tempo...

Não me lembro bem o tempo em que nosso amor começou, só sei que bastou eu lhe ver para de pronto, lhe querer. Pensei até, que Papai do Céu mandara cegar e emburricar todos os outros homens, até chegar o derradeiro tempo d’eu me achegar.

Agora, é comigo e contigo, só depende de nós dois, darmos provas a nós e ao mundo, que tudo tem um tempo, e que nada ocorre bem antes ou mais depois.

Esse é o nosso tempo, tempo de recuperarmos nosso tempo e sararmos nossas cicatrizes. Esse é o nosso tempo, tempo de fincarmos nossas raízes, tempo de ficarmos juntos e todo o tempo, sermos felizes.

Antônio Poeta
Só depende de você...

Quisera eu, poder ter, para invocá-lo e vir a lhe convencer, que não só a desejo, antes, amo lhe querer. Sabe, mulher, quem ama tanto quanto eu, jamais lhe produzirá o pranto, o sofrer e o desencanto.

Ofereço-lhe, única e maiormente, meu coração, meu colo e calor. Minha proteção e meu viver serão seus, minha querida, hoje e infinitamente.

Dai-nos esta chance, quem sabe será a última, que teremos, que gozaremos. Venha sem temor, venha ser a minha metade, o meu amor!

Não hesite, me permita não somente lhe provar, mais que isso, a provar que meu amor é de verdade, que ele existe e é para valer!

Antônio Poeta

Equilíbrio

Equilibre-se minha flor... Não me argua, não me acua, não duvide de mim, de meu querer, pois é tão somente a paixão e o amor, que me sustentam e me fixam unido a você.

Por que então brigar, nos ferir, nos magoar? Você é toda a minha vida, minha musa única e querida, sem você não impetro nem poetar.

Nunca procurarei outro alguém, não sou louco em me arriscar ao tentar manipular a sorte e a perder meu doce bem: Isso, seria quase a morte.

Não cobiço por outro gosto, outro corpo, outra pele: Você me maravilha, me enobrece e delicia!

Ter outra só corroboraria completa insensatez, seria eu versus mim, a cultivar e brotar a auto-morbidez.
Antônio Poeta
Cupido intenso

Cupido danado, atrevido, matreiro, me pegaste de jeito e do jeito mais certeiro... Calma cupido amigo, não estou zangado e até aproveito para te agradecer, por tanto, assim, me enternecer.

Acertaste-me, arqueiro voador, me agraciando com o que eu mais imaginava e nessa minha vida mais ansiava... Que era viver em fato um grande, autêntico e primoroso amor.

Agora flechado me deixo ir levado, absolutamente inebriado por essa afetuosa armadilha, que tu miúdo anjo, me aprontou.

Antônio Poeta
 “Anja guerreira”

Quanto é bom sentir você meu amor, em mim e aqui comigo. Poder estar contigo e ter a plena certeza de que me és conivente e que posso me apoiar sempre em seu ombro amigo.

Confiar-lhe minha paz e recorrer a você para o que der e vier, saber que não tenho somente uma mulher a me transbordar de prazer, mas, antes, uma verdadeira e autêntica companheira, uma arrojada anja guerreira, a me querer e enternecer.

Tudo em você meu anjo, me encanta e me fascina, me inspirando confiança, esperança e bonança, pois você amor, amansa minha cólera e ânsia, me sobrestando e abismando de profícua e de avigorada bem-aventurança.

Dentre as mulheres que já “tive”, és a mais leal, cândida, veraz e honesta. Não conheces a hipocrisia, és judiciosa e fraternal. Enfim, é você que regozija e contempla o meu carnal e emocional... Te amo tanto minha doce anjinha, linda e apetitosa que lhe sinto como uma dádiva; um troféu, agora após você, já creio até em coelhinho da páscoa e papai noel!

Antônio Poeta
Será você?

Quem é você mulher... Quem a enviou e a que você vem... Será que é você aquela por quem tanto e há tanto espero, para ser o meu bem?

Ao vê-la, fiquei perplexo, inquietei-me e me fascinei. Iniciei ali a experimentar fantasias e elucubrações,sentimentos desconexos, mas superabundados de emoções: Acredito, que me encantei.

Não conheço ainda o seu íntimo, o seu gosto, mas não a sinto estranha.... Será que já conhecia sua alma? Sabe moça, esse seu jeitinhoo manso e sábio, romântico e ingênuo, já me ganhou e me inebria de paz, prazer e calma!

Antônio Poeta
Namorar

Que fascínio que é namorar! Andar abraçadinhos a passear, beijar na boca, se acarinhar, agradar, só por agradar. O namoro é a maga fase da puberdade da relação, é quando palmilhamos a nossa mais intima e intrínseca descoberta.

É o sentimento do firmamento e a formação da convicção, de que somos um par ou não. Em verdade, a corte é o tempo e o templo da contemplação - É o coração de porta aberta, como semideus da adoração, enfim, é a prefação da paixão...

O namoro é ainda, a câmara que ensaia o romantismo, que nos checa o proceder, que nos revela um ao outro, que mostra como vamos ser:
Como vamos nos portar e importar com aquela a quem vamos amar.

O ideal seria noivar sem perder o cativar e casar sem perder o entusiasmar. O namoro não devia jamais terminar: O noivar seria o namoro maduro, o casar o namoro eterno, as bodas de prata e as de ouro, seriam apenas, aniversários do namorar!
Antônio Poeta
Minhas crias

Minhas filhas, encantadas e doces meninas, eternos dengos de meu ser... O destino nos determinou, nos imputou como sina, que nós, sós, devíamos seguir e decidimos, que contra isso não iríamos reagir; nos insurgir. Com alguns litígios e dissídios, muito amor e cumplicidade, respeito e lealdade, nós avançamos até aqui: Parabéns a vocês, como filhas... Parabéns a mim, como pai!

Muitos foram os que apostaram, que a gente não conseguiria. Ninguém, nem mesmo os parentes nos apoiaram, todos nos deserdaram, se apartaram de nossa companhia. Mas nós três somos “super-supimpas” e a tudo superamos com o nosso ardor, amor e extremada valentia.

Vocês duas são guerreiras, fortes e briosas, ternas e jubilosas, minhas eternas parceiras. Hoje, olhando para trás, constato o nosso heroísmo, desprendimento e companheirismo. Quantas histórias produzimos... Tantas vitórias conseguimos!

Lembro-me, que muitas vezes vocês foram minhas mães e sempre Herculinas, em uma batalha que não escolheram lutar, mas que com as bênçãos de Deus, enfrentaram e venceram. Parabéns de novo gurias, parabéns para sempre, minhas delícias de crias!
Antônio Poeta
Soberbos ou “só bobos”?

A soberba contempla e ostenta a consciência desespiritualizada, relaxada, abjeta e desatenta. Aquela que com um pouco de “ouro” e uns “tapinhas nas costas", prontamente se contenta. É uma questão do livre arbítrio e pessoal opção.

Já eu, optei trilhar outros rumos, mesmo que mais espinhosos, bem menos auspiciosos, desde que vivifiquem em promoção de meu bom sentir e ação.

Nunca permitirei me transformar ou me transformarem num caudilho da matéria inerte; Isso nada me acrescenta ou me diverte. Melhor ter sido bom filho, ser hoje bom pai e avô, bom amante e amigo, e estar presente a todo o momento, na quietude ou no agito, sempre que aqueles que me são caros, de minha mercê precisarem.

Toda a matéria é perecível, conta tempo e se encerra servindo só para o néctar aqui da Terra. Já o sentir e o saber, por serem transferíveis, formam o nosso eu, e este jamais é sepultado em uma tumba fria e fétida, tal o corpo expirado, pois o eu, através dos idos e vindos milênios, atuou e atuará, sobreviveu e sobreviverá, sendo fruto de nossos reais domínios, não se decomporá e jamais irá perecer.

Não hiberno minha emoção, sou atento e ativo a máxima de evoluir e nunca a involução. Escravizar-me, só ao amor e aos conselhos proclamados por meu coração. Não me preocupo ou obstino com os excessos ou as sobras, basta o digno e necessário. Quero estar em plena paz e total quietude, quando o Mestre me julgar e decretar: A ti, Antônio Poeta, “será dado de acordo com suas obras”.

Antônio Poeta
Abra o seu coração...

Amor, com pureza d’alma, reflita, olhe para dentro de você, conclua e me diga, sem melindres em me ferir: O nosso sonho acabou ou não acabou para si? Se sim, vou sofrer, porquanto, tanto a amo, contudo, sendo assim, prefiro de coração o fim, a continuar a lhe “possuir” sem mais em essência lhe ter.

Por favor não se culpe, não sofra por mim: Fomos tão felizes! Mas, se insistirmos, sem mais ser bom para os dois, erigiremos e amargaremos tenazes rancores e lesivas cicatrizes.

Ninguém nessa vida está livre disso, podia ter acontecido comigo... Mas eu lhe contaria sem rodeios, para não a fazer padecer. Poupe-me, apenas dos detalhes, pois se a causa for uma outra pessoa, eu prefiro desconhecer!

Antônio Poeta
Meu herói

Vivas a Hamilton, o bravo poético, que faz poesia com lágrimas e santa insubordinação. Enfim, aquele, que versa mudo e sem grafia, mas com a cariciosa graça intuída pelo coração.

Têm coisas que podemos mudar, já outras, não. Mas não hão, as que não possamos melhorar. Meu herói não é nenhum piloto de corrida; futebolista; estadista ou vulto de nossa história nacional... Ele é apenas um tratorista!

Para mim, ato heroico é assim, de improviso, ao vivo e sem vivacidade prévia de auto promoção. Hamilton é o único herói, que eu vi atuar, pois seu feito, não me foi contado por outros, adornado, potencializado... Simplesmente, ele reagiu naturalmente, e com isso fez a justiça e a emoção desabrochar divinamente.

Beijos em sua alma Baiano Bravo, digo, Hamilton dos Santos. Bravos! Bravo dos Santos... Poema dos Santos ou simplesmente, Hamiltão... Você é o cara meu irmão!

Antônio Poeta
Romantismo

Hão coisas que não perdem a evidência, tal qual, ocorre com o romantismo, que por não ser um estilo ou modismo, perpetua-se através das descendências, como sentimento ímpar, enobrecido e detentor de sua própria excelência. Os românticos não são tolos, ultrapassados ou pueris, são eles anjos mensageiros do amor e da paixão, do ser, e do fazer feliz, do sentir e até do pensar com o coração.

Há algo mais terno e virtuoso que destinar ao seu amor afeto e respeito extremoso, defendê-lo, estar presente, principalmente, quando de um baque mais penoso? São eles sensíveis, que não se abstêm de assim proceder. O compromisso deles é com a outra metade, não com o que cogitam ou vão dizer. Os românticos concentram em suas ações e reações, forte carga de generosidade, pois otimizam e priorizam a emanação das emoções, e primam pela cumplicidade.

Antônio Poeta
Inconscientes

Os ébrios, os drogados e os jogadores inveterados, são pessoas profundamente insatisfeitas com as suas condições de vidas atuais. São ricos, são pobres, estão eles em todas as camadas sociais. São primários, são doutos, são pessoas com pouca paz.

Embriagando-se, se drogando e a tudo arriscando... Parecendo rebelados contra suas consciências, produzem os seus próprios períodos de inconsciências. Evadem-se de si próprios e dos demais, sofrem e imputam o sofrer.

Letárgicos em sua evolução, derrotam os seus corpos físicos, comprometem os seus espíritos, rendem-se à vilania da obsessão, maximizada pelo insano e tirano vício: Vicio da paixão pela paixão.

Marginalizam-se socialmente, se desonram individualmente, caminham “míopes” rumando ao fim. São dependentes da dependência e independentes da abstinência; da coerência... Deus meu, como podem viver assim?

Antônio Poeta
A fofoca

Cuida-se...! Previna-se...! Pise com veemência no freio, toda vez que você vislumbrar, um outro falando mau de outrem. O fofoqueiro é um doente invejoso e age movido pelos abissais do mal, suas motivações, quase sempre torpes, dirigem-se a denegrir e destruir, ao outro, que ele avalie ou eleja como desafeto rival.

É gente sem perímetro, sem sentido de dignidade, que invade e inválida hoje um aqui, amanhã outro ali. O fofoqueiro é uma “gentinha” que esmoreceu e se permitiu à vida falir. Enfim, é um néscio, que recusa a evoluir. É ainda, uma “coisa”, sem qualquer outra valia, alto estima ou responsabilidade, que só interage na clandestinidade e movido sob arbítrio da leviandade, lança à banalidade de semear a discórdia, de idear delações. São provedores e produtores do desmantelar emoções.

Amigos, se apartem destes adversários da lealdade, replenos de más ações... Tácito que: “Só se atiram pedras nas árvores que dão bons frutos, para deixá-los caírem”... Tácito também, vemos esses frustrados a cada dia mais se auto aniquilarem, se auto destruírem, pois se abstêm eles do próprio progresso, ao só se motivarem e se preocuparem com o alheio regresso.

Antônio Poeta
Brigas conjugais

Nossa! Nem pensar em brigar com você. Sofro muito quando isso acontece, pois o meu todo enfraquece, e aí, me sinto um unicelular, fragilizado e aterrorizado, totalmente descentrado, pelo temor de lhe perder.

Briga não coração, isso não leva a nada, só leva a nossa paz e em contrapeso trás, o dissídio, o desamor, o litígio e o rancor, ensurdecendo o brado do nosso amor, nos batendo e nos abatendo, nos apartando e nos partindo, nos repatriando a solidão.

Fala sem gritar, investigue antes de enraivar e acusar, se esforce por nos conciliar. Entenda, que sem solicitude nossa história vai se findar. Venha, vamos juntos esclarecer, se abrande, não quero e não posso lhe perder.

E saiba amor, para tudo se tem uma fronteira, e eu não admito ser maltratado, lhe sagro e exijo ser sagrado... Querida, não sejas partidária do dito popular que anuncia: “Que brigas de amor aquecem o amar.”

Pois que, bem antes disso, as brigas e desconfianças, tão só, sepultam a relação. Mais real, moral e evolucional, é o meu dito alerta, que conclama: Todo aquele que atormenta, não ama!

Antônio Poeta
Partir transcendente

Ser forte não é ser bruto, ser decidido não é insensibilizar. Como pode alguém em são juízo maltratar ao seu par? Mil vezes a batida em retirada, a triste separação, do que se raiar a perfídia do falecer a relação.

Se o rompimento vier a tempo, se preserva o respeito e a emoção e o ardor se transformará em amizade... E um dia, até poderá voltar a ser amor. Mas, se o amor se transformar em ódio, imputará a ambos o total sofrer e o rancor se encarregará, de a tudo dissolver.

Aí, já não serão mais lembrados os bons momentos, a cumplicidade, só serão “ruminados” os cotós sentimentos, de perda e rivalidade... Isso não é ditame, é lógica, coesa e inteligente, enfim, é o apartar sem quebrar; sem partir; é o deixar inteiro; é o ir como gente... É o partir transcendente, para um dia, quiçá, até se poder voltar!

Antônio Poeta
Querido Tio Patinhas

Querido você não acordou; não despertou...  Você me levou quase à loucura com tanta futilidade e amargura.
Já éramos ricos, caia na real, se espiritualize, não estime tanto assim o material... Não subestime tanto assim, o que vem do transcendental.

Cesse de especular, de invejar e olhe um pouco para trás, pare de só se lobrigar n’aqueles, que lograram capitalizar mais.

Isso não era apenas um conselho, antes, era um aviso: Eu estava infeliz e por tal sinalizava te abandonar. 

Nem sexo você mais queria, não se ocupava de meus desejos, adormecias depois de mim, acordavas antes do meu despertar. Éramos quase dois estranhos... Não conseguíamos nos portar sequer, como marido e mulher.

Sair, se divertir, nem pensar, pois estavas sempre cansado ou compromissado, com algum grande negócio a fechar. O que você estava a tempos pedindo, com esse seu mesquinho proceder, era um belíssimo par de chifres... Mas, eu não podia fazer isso comigo e muito menos contigo: Não concebo, assim me vulgarizar.

Contudo, em contrapartida, decretei e findei o cessar de meu sofrer. Você ignorou o sutis toques que lhe dei e meu veredicto também. Compete agora a você meditar, mas o faça com zelo e fervor, visto que, não brinco meu bem: Cansei de tanto tentar; esperar... E estou a lhe deixar!


Antônio Poeta
Resposta do Tio Patinhas

Oi sou eu amor... Por favor, leia até o final e me favoreça e permita essa ocasião, para impetrar me redimir e tenha a certeza minha querida, jamais eu diligenciaria vir a lhe ferir. Essa vida louca e corrida submergida em tanta alienação, fez de mim, um paspalho envaidecido, com o espírito contaminado e corrompido, pela competição, pelo vencer e mais crescer sem barreiras, e que por escassez de emoção, faliu a sua maior riqueza, seu maior bem: Você!

O tempo todo me alertaste, que eu estava lhe perdendo e perdendo o nosso amor. E que você não suportava mais sofrer por abandono, e entendia, que em breve, terminarias me deixando. E eu, em meu céu profano; mundano, nesse meu quotidiano insano, não ajuizei o seu sofrimento. Agora em terminal tormento, lhe suplico e rogo para voltar, prometendo-lhe, doravante, sempre a ouvir e considerar.

Não diga não! Ao menos pense, tente, vamos sondar nos harmonizar. Dê-me somente mais essa chance... Provar-lhe-ei, que eu deixarei de ser esse tolo ordinário e mercenário do Tio Patinhas e por você... Por nós, eu retomarei a ser gente!

Antônio Poeta
Pedaço de Mim...

Quando te conheci, confesso, estarreci. Senti ali, o que nunca tinha sentido, até aí. Foi uma apresentação passageira e bem pueril, mas com real encanto. Dei-te dois beijos no rosto, te falei dois gracejos, eu fiquei e você seguiu.

Seguiu, mas já levando parte da minha vida. Agora que eu te perdi, preciso desse pedaço de volta, mesmo mutilado, não posso parar, pois é imperioso eu avançar... S'imbora homem, não vai ser agora que você vai desistir - não, óbvio que não - não vou permitir a minha essência falir!

Mesmo faltando esse pedaço, que está adensado em ti, eu vou continuar rumando, enflorando meus sonhos e neles, para sempre insistir.

Antônio Poeta


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